Jornal - O Ardina -

domingo, 30 de março de 2008

Semana da Leitura - Voo da Imaginação

Esta actividades foi, sem dúvida, uma das mais sedutoras e imaginativas.
A avó de dois dos nossos alunos, o Afonso e a Madalena Soveral, veio ler-nos o "Pássaro da Alma".
Participaram alunos, professores e encarregados de educação.
Eis uma pequena reflexão feita pela mãe de um dos nossos alunos.
"O 'Pássaro da Alma' conta-nos a existência de um pássaro pousado numa pata que vive dentro da alma, 'lá bem no centro'.
Já imaginaram a nossa alma composta por gavetas? Então o nosso pássaro é feito por gavetas, mas cada 'gaveta tem uma chave para ela só'. A chave das emoções onde a alegria, a tristeza, a amizade, o amor, o desassossego, a inveja, a esperança... nos aproxima ou nos afasta de nós e dos outros.
E onde se encontram as chaves? Na outra pata do pássaro da alma. Às vezes podemos escolher as gavetas que queremos abrir mas outras 'é o pássaro que decide'.
De leitura rápida mas atenta, com vocabulário simples mas profundo na mensagem, encontramos um livro que tenta explicar a existência da nossa alma.
De resto, cabe à nossa liberdade de pensamento encontrar a 'chave' para interpretar este livro". Carla Araújo (Março 2008)

domingo, 2 de março de 2008

Histórias desfeitas (alunos do pré-escolar)

Outra das actividades propostas para a "Semana da Leitura" é a das "Histórias desfeitas". Esta é para os alunos do pré-escolar. Sugere-se que os educadores e/ou encarregados de educação leiam a história às suas crianças, ajudem-nas a ordená-la e, de seguida, transcrevam-na para "comentários".

O Leão e o Rato

A- Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, nem sequer podia mexer-se.Então disse:

B- O senhor riu da ideia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe, que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.

C- Um Leão dormia sossegado, quando foi acordado por um Rato, que passou a correr sobre seu rosto. Com um gesto rápido agarrou-o e estava pronto para matá-lo, mas o Rato suplicou:

D- Rindo por achar ridícula a ideia, assim mesmo, o Leão resolveu libertá-lo.

E- O Rato, reconhecendo o seu rugido, aproximou-se e roeu as cordas até deixá-lo livre.


F- Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza de que um dia poderia retribuir a sua bondade.




Histórias desfeitas (alunos do 1º ciclo)

Para os alunos do 1ºciclo escolhemos uma fábula deliciosa...
Ordena-a reconstituindo a ordem sequencial dos parágrafos e transcreve-a para "comentários"

A Raposa e o Corvo

A.- O corvo não aguentou mais. E, para provar que tinha uma voz tão bonita como o seu aspecto, abriu o bico e soltou um grande grito.

B.- Um corvo roubou um grande bocado de queijo que estava a secar à janela de uma vivenda e voou para o alto de uma árvore para o comer à vontade. Uma raposa que ia a passar viu o que ele tinha no bico e, cheia de apetite, começou a falar-lhe assim:

C.- Afinal, tens voz, corvo, mas não tens com certeza miolos – disse a raposa, enquanto se afastava com o queijo nos dentes.

D.- Que pena – continuou a raposa – que uma ave tão bela como tu não tenha voz. Ah, que se o teu canto fosse tão lindo como as tuas penas!...

E.- O corvo mexeu-se muito e depois esticou-se no ramo da árvore, cheio de prazer, sacudindo as penas, procurando tomar um aspecto muito nobre.

F.- E o queijo caiu, mesmo dentro da boca da raposa.

G.- Ó corvo, mas que lindas asas que tu tens! E que olhos tão espertos! O teu pescoço é mais elegante que o de um cisne e a tua cabeça tão majestosa como a da águia!...

Histórias desfeitas (alunos do 2ºciclo)

Os alunos do 2º ciclo ficaram com o privilégio de ordenar a história dos três porquinhos. Não se esqueçam de a transcrever para "comentários"

Os três porquinhos

A. O porquinho abriu-lhes a porta rapidamente e, os irmãos entraram muito admirados por verem uma casa tão forte e tão bonita.O lobo pensava que a derrubava, soprava e dizia: - Soprarei, soprarei e a casa derrubarei!
B. Os porquinhos puseram-se a caminho. De todos os três o pequeno era o mais trabalhador, o do meio era trapalhão e o maior era preguiçoso. Como o maior era preguiçoso, fez a casa de palha para ser mais rápido. O do meio fez a casa de madeira pois também não gostava muito de trabalhar. Mas, o mais novo, o mais trabalhador, fez a sua com cimento e tijolos.
C. Era uma vez três porquinhos que viviam com a sua mãe. Um dia ela disse-lhes:- Queridos filhos, penso que já são grandinhos para viverem sozinhos e poderem trabalhar. Têm braços fortes e não lhes falta inteligência para pensar o que é melhor para cada um. Primeiro têm que construir as vossas próprias casas perto uns dos outros e contarem com todos os perigos que possam surgir.
D. Mas a casa era forte e ele não a conseguiu derrubar. Por isso, muito envergonhado fugiu e não voltou mais.Os porquinhos ficaram tão felizes que fizeram uma grande festa.
E. Um dia , apareceu o lobo que com um sopro derrubou a casa do mais velho e com outro sopro deitou abaixo a casa do porquinho do meio. Os porquinhos, muito amedrontados, correram para casa do irmão mais novo com o lobo correndo atrás deles para os comer.

Histórias desfeitas (alunos do 3ºciclo)

Aos alunos do 3º ciclo coube-lhes a história dos "Sapatinhos encantados". Leiam a história, tentem ordená-la e, seguidamente, transcrevam-na para "comentários".

Os Sapatinhos Encantados

A. E ela apareceu-lhes e contou-lhes a sua sorte, coitadinha, e eles disseram: «Agora não se aflija; há-de ficar connosco e fazemos a atenção que você é nossa irmã.» Daí por diante os ladrões lá iam para os seus roubos e ela ficava sempre; eles estimavam-na muito e tratavam-na.
B. A mulher levou os sapatos à filha; chegou lá e disse-lhe: «Aqui tem esses sapatos que lhe manda a sua mãe.» Ela disse-lhe: «eu não quero cá sapatos nenhuns; meus irmãos dão-me quantos sapatos eu quiser; não os quero.»
C. E mandou dois criados matá-la a um monte e ela disse-lhes que a não matassem, que a deixassem, que prometia não tornar a casa. Os criados tiveram dó dela e deixaram-na. Ela foi indo e chegou a uma serra e viu uma casa; era noite; pediu se a acolhiam e não achou ninguém. Entrou para dentro e fez a ceia, e assim que a acabou de fazer, escondeu-se; nisto chegaram ladrões que vinham de fazer um roubo e, depois que viram a ceia feita, começaram a dizer: «Ai! Quem nos dera saber quem é que fez a ceia. Se por aí está alguém, apareça.»
D. Ia uma velhota a casa da mãe dela que andava sempre em recados por muitas terras e a mãe dela disse-lhe: «Você, como anda por muitas terras, diga-me se já viu uma cara mais linda do que a minha.»
E. Era uma vez uma mulher muito bonita que dava estalagem e a todos os almocreves que lá iam perguntava se tinham visto uma mulher mais bonita do que ela. Ela tinha uma filha mais bonita do que ela e tinha-a fechada para ninguém a ver. Disse-lhe um dia um almocreve: «Ainda agora ali vi uma mulher mais bonita a uma janela a pentear-se.» «Ai! Era a minha filha; pois vou mandar matá-la.»
F. Depois levaram-na a esse sítio; veio o filho do rei e viu-a e achou-a muito bonita e depois tirou-lhe um sapato e ela abriu um olho, tirou-lhe outro, abriu outro olho e ficou viva. E ele então levou-a para casa e casou com ela e foram visitar a bêbeda da mãe e esta ainda depois mesmo a queria mandar matar, mas não o conseguiu. E ela disse-lhe: «Vi, vi uma rapariga que ainda era mais linda que você em tal banda.» «Você quando vai para lá? Quero que lhe leve uns sapatos.» E deu uns sapatos à velha e disse-lhe: «Leve-lhos e diga-lhe que é a mãe que lhos manda; mas ela que os calce antes de você de lá sair; eu quero saber de certo que ela os calça; olhe que eu pago-lhe bem.»
G. A velha teimou tanto com ela que ela pegou neles; calçou um, fechou-se um olho; calçou outro, fechou-se-lhe o outro olho e ela caiu morta. Depois vieram os ladrões, choraram muito ao pé dela, lastimaram muito a morte dela e depois disseram: «Esta cara não há-de ir para debaixo da terra; levemo-la num caixão à serra de tal banda que vem lá o filho do rei à caça para ele ver esta flor.»
COELHO, Adolfo. Contos populares portugueses. 5. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1999. pp. 186-7.

Escola de Pais

Também a nossa Escola de Pais vai estar presente na "Semana da Leitura". Sexta-feira dia 7/3 entre as 18.30h e as 20.00h lá estaremos, na nossa BE, para receber os encarregados de educação e reflectirmos, em conjunto, acerca da educação e da disciplina dos nossos educandos.
Vamos, também, aprovar o calendário dos temas propostos e conhecer os dinamizadores que farão a apresentação dos referidos temas.
"É preciso toda uma aldeia para educar uma criança"
Participe!